São Roque González, Santo Afonso Rodriguez e São João del Castillo, presbíteros e mártires

Oração do dia

Senhor, que a vossa palavra cresça nas terras onde os vossos mártires a semearam e seja multiplicada em frutos de justiça e de paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura – Apocalipse 11,4-12

Leitura do livro do Apocalipse de são João.

Disseram a mim: 11 4 “São eles as duas oliveiras e os dois candelabros que se mantêm diante do Senhor da terra.

5 Se alguém lhes quiser causar dano, sairá fogo de suas bocas e devorará os inimigos. Com efeito, se alguém os quiser ferir, cumpre que assim seja morto.

6 Esses homens têm o poder de fechar o céu para que não caia chuva durante os dias de sua profecia; têm poder sobre as águas, para transformá-las em sangue, e de ferir a terra, sempre que quiserem, com toda sorte de flagelos.

7 Mas, depois de terem terminado integralmente o seu testemunho, a Fera que sobe do abismo lhes fará guerra, os vencerá e os matará.

8 Seus cadáveres (jazerão) na rua da grande cidade que se chama espiritualmente Sodoma e Egito (onde o seu Senhor foi crucificado).

9 Muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações virão para vê-los por três dias e meio, e não permitirão que sejam sepultados.

10 Os habitantes da terra alegrar-se-ão por causa deles, felicitar-se-ão mutuamente e mandarão presentes uns aos outros, porque esses dois profetas tinham sido seu tormento”.

11 Mas, depois de três dias e meio, um sopro de vida, vindo de Deus, os penetrou. Puseram-se de pé e grande terror caiu sobre aqueles que os viam.

12 Ouviram uma forte voz do céu que dizia: “Subi aqui!” Subiram então para o céu numa nuvem, enquanto os seus inimigos os olhavam.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial – 143/144

Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

Bendito seja o Senhor, meu rochedo,

que adestrou minhas mãos para a luta,

e os meus dedos treinou para a guerra!

Ele é meu amor, meu refúgio,

libertador, fortaleza e abrigo;

é meu escudo: é nele que espero,

ele submete as nações a meus pés.

Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos,

nas dez cordas da harpa louvar-vos,

a vós que dais a vitória aos reis

e salvais vosso servo Davi.

Leitura –

Evangelho – Lucas 20,27-40

Aleluia, aleluia, aleluia.

Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar pelo evangelho a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, 20 27 alguns saduceus – que negam a ressurreição – aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe:

28 “Mestre, Moisés prescreveu-nos: Se alguém morrer e deixar mulher, mas não deixar filhos, case-se com ela o irmão dele, e dê descendência a seu irmão.

29 Ora, havia sete irmãos, o primeiro dos quais tomou uma mulher, mas morreu sem filhos.

30 Casou-se com ela o segundo, mas também ele morreu sem filhos.

31 Casou-se depois com ela o terceiro. E assim sucessivamente todos os sete, que morreram sem deixar filhos.

32 Por fim, morreu também a mulher.

33 Na ressurreição, de qual deles será a mulher? Porque os sete a tiveram por mulher”.

34 Jesus respondeu: “Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento,

35 mas os que serão julgados dignos do século futuro e da ressurreição dos mortos não terão mulher nem marido.

36 Eles jamais poderão morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, porque são ressuscitados.

37 Por outra parte, que os mortos hão de ressuscitar é o que Moisés revelou na passagem da sarça ardente, chamando ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó .

38 Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos; porque todos vivem para ele”.

39 Alguns dos escribas disseram, então: “Mestre, falaste bem”.

40 E já não se atreviam a fazer-lhe pergunta alguma.

Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

O SENHOR DOS VIVOS

O tema da ressurreição opunha os fariseus aos saduceus. Os primeiros afirmavam que haveria a ressurreição, enquanto que os outros a negavam. Quando os saduceus interrogaram Jesus a respeito desta questão, tinham em mente colocá-lo em apuros, além de ridicularizar o partido rival. Por isso, bolaram uma situação grotesca, partindo da Lei do levirato que obrigava o irmão desposar a cunhada viúva, caso não tivesse gerado filhos com seu marido.

Jesus não caiu na armadilha dos saduceus. O fato aludido comportava duas sérias lacunas. A primeira consistia em imaginar que a vida eterna seria uma continuação pura e simples da vida terrena, de forma que, na ressurreição, persistiriam as encrencas da vida presente. A vida eterna, na verdade, consiste na participação da vida divina, longe da ameaça da morte. Aí, os esquemas terrenos não têm validade. O segundo pressuposto falso consistia em considerar Deus como Senhor dos mortos e não como Senhor dos vivos. Na verdade, para ele, todos estão vivos, até mesmo os patriarcas do povo. Ele se mantém em comunhão com os justos, mesmo além da morte, quando são estabelecidos relacionamentos duradouros, numa explosão de vida, sem a menor influência da morte. Por conseguinte, a ressurreição deve ser pensada a partir do amor misericordioso de Deus, que partilha vida abundante com a humanidade, e não a partir dos esquemas mesquinhos do pecado e da morte.

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