ORAÇÃO – JOVENS E A BUSCA DO SAGRADO

“Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo, quando irei contemplar a face de Deus?” (Sl 42,2)

Hoje é o dia que a Família Salvatoriana e comunidades se unem para juntos rezar as diferentes realidades juvenis. Nesta primeira quinta-feira (04) do mês de fevereiro, as Comunidades Salvatorianas são convidadas a rezar a busca da juventude pelo sagrado.

A busca do sagrado é também uma das características das juventudes, no profundo anseio de viver a vida com mais sentido. Notamos que a humanidade teve grandes avanços no desenvolvimento tecnológico, na ciência, no conhecimento humano e tem experienciado grandes progressos como nunca se viu antes. Ao mesmo tempo experimentamos a fragilidade
humana, a fraqueza, a miséria, a injustiça, a corrupção e a violência. Nesse contexto, de maneira geral, em especial as juventudes buscam o sentido da vida, procuram uma maneira de encontrar respostas para os seus problemas vitais.


Pe. José Lisboa, salienta que “o sagrado não é Deus, é uma das experiências humanas que aponta para o transcendente, para Deus. É bom não confundir a experiência do sagrado com a experiência de Deus”. O sistema atual percebeu que essa busca do sagrado enquanto satisfação pessoal, individualista poderia ser direcionado para obter meios lucrativos. Existe toda uma comercialização dessas expressões, por isso é preciso agir com discernimento. Pois como diz o ditado popular: “nem tudo o que brilha é ouro, nem tudo que reluz é prata”. Diante dessa realidade, é preciso consciência crítica para não compactuar com essa ilusão que aliena e, com coragem propor junto às juventudes uma alternativa de espiritualidade libertadora, um caminho de busca do sagrado que faça ponte com a transcendência e o compromisso cristão à luz do Evangelho.


Na elaboração do Projeto “Missão Salvatoriana com as juventudes”, houve amplo espaço de escuta de jovens de diversas realidades. No tópico “As
juventudes, suas forças e potencialidades, os/as jovens assim se expressam: “…Para a comunidade o jovem não tem fé, não tem espiritualidade. A maioria das vezes é assim. A minha família principalmente, toda minha família não vê que eu tenho fé. Eles acham que eu sou uma pessoa sem fé, sem espiritualidade, mas eu sou uma pessoa que tem fé sim. Por dentro eu sou, mas só que por fora eu não demonstro, mas por dentro tenho muita fé”.


A experiência partilhada pelos jovens em relação a vivência da fé, sinaliza que nem sempre eles manifestam, ou fazem parte de uma comunidade cristã, mas interiormente se sentem ligados a Deus. Não se veem como pessoas sem fé, embora às vezes a família, a sociedade e a Igreja deixa de
reconhecer esse valor que eles trazem em si.
O Papa Francisco salienta esse caminho de busca que faz as juventudes:
“Nalguns jovens, reconhecemos um desejo de Deus, embora não possua todos os delineamentos do Deus revelado. Noutros, podemos vislumbrar
um sonho de fraternidade, o que já não é pouco. Em muitos, existe um desejo real de desenvolver as capacidades de que são dotados para oferecerem algo ao mundo. Trata-se de verdadeiros pontos de partida, energias interiores que aguardam, disponíveis, uma palavra de estímulo, luz e encorajamento” (Exortação Apostólica Pós-Sinodal- Christus Vivit Papa Francisco *84).


FALA JORDAN:
“Levanta – te, confiante, ó peregrino, ao tropeçares no caminho íngreme que leva à vida! Dirige teu olhar para o céu e caminha sem titubear, até chegar às portas da vida eterna!” (DE Pe. Jordan)

Vamos juntos rezar pelos nossos jovens:

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