Notícias

Irmãs Salvatorianas participam da 25ª Romaria da Terra e das Águas de Santa Catarina

Salvatorianas participaram da 25ª Romaria da Terra e das Águas  de Santa Catarina. O maior evento católico em solo catarinense reuniu mais de 10 mil pessoas em São José do Cerrito/SC, no dia 15 de setembro.

Com o tema Semeando Vida no Campo e na Cidade; e lema “Toda a criação está gemendo como em dores de parto” (Rm 8,22), a Romaria teve como objetivo alertar, como pede o Papa Francisco, para o cuidado com a ‘Casa Comum’, e o fortalecimento da mística e da espiritualidade ecológica, com atitudes que valorizem a agroecologia, a distribuição de mudas, as sementes crioulas e os alimentos saudáveis.

A Romaria foi iniciada com a chegada de mais de 300 jovens, no dia anterior (14), para o Acampamento das Juventudes organizado pela Pastoral da Juventude de Santa Catarina. Além de celebrar a temática da Romaria, os jovens foram os responsáveis pela acolhida e animação dos romeiros e romeiras. A programação do dia 15 de setembro teve início com uma grande caminhada por cerca de três quilômetros fazendo memória de todas as 24 Romarias anteriores até a chegada na Gruta Nossa Senhora de Fátima, na região central de São José do Cerrito.

Um marco das Romarias é o plantio de uma cruz de cedro. Na esperança daqueles que caminham, às vezes é uma cruz que brota, não só o tronco, que é fincado na terra, mas também o braço da cruz, que em algumas situações brota. A cruz de cedro, plantada neste dia, nos lembra na fé católica a Exaltação da Santa Cruz, celebrada no dia 14 de setembro.
Cada participante da Romaria também recebeu uma cruz peitoral como símbolo da 25ª Romaria.

Acolhendo a todos os participantes, o bispo de Lages, dom Guilherme Antônio Werlang, disse que o grande recado desta Romaria é o zelo que todos os filhos e filhas de Deus precisam ter com a casa comum. “Somos um único povo e precisamos zelar da natureza, da nossa mãe terra, das nossas águas e rios. Independente se moramos no campo ou na cidade, somos responsáveis por todos os seres vivos para que tenhamos vida em abundância. Se não levantarmos nossas vozes enquanto Igreja, nós seremos corresponsáveis pela morte da terra e dos filhos e filhas de Deus”, declarou o bispo.

Dom Guilherme Werlang disse ainda, que, “é necessário levantar a bandeira da vida. A vida acima do dinheiro, do mercado, da concentração de bens, dos desperdícios, dos venenos, dos lucros dos bancos, dos autos salários dos juízes e políticos que roubam a vida do nosso povo. Ou defendemos a vida a partir da nossa fé ou vamos condenar a humanidade à morte. Agora é nossa hora. Hora de nos unirmos e sermos uma Igreja profética”, ressaltou. Dom Guilherme agradeceu de forma especial toda a municipalidade de São José do Cerrito, na pessoa do prefeito municipal, Arno Tadeu Marian, pelo grande empenho na realização do evento.

A 25ª edição da Romaria, além de ressaltar as alegrias e complexidades da vida de quem mora no campo e na cidade, também foi espaço de celebrar os noventa anos da Diocese de Lages, 50 anos da CNBB Regional Sul 4 e 40 anos da Comissão Pastoral da Terra/Santa Catarina.

Para dom Severino Clasen, bispo de Caçador e presidente do Regional Sul 4 da CNBB, é na união do povo de Deus que acontece a Igreja de Jesus Cristo. “A Igreja em Santa Catarina deseja caminhar olhando para a terra e para as águas. Aqui não se estraga a terra, aqui se defende o que é do agricultor. Precisamos lembrar o que São Francisco nos dizia: ‘a terra é nossa irmã’. Se é nossa irmã, tem vida e se tem vida precisamos defender e conviver, não apenas olhar a utilidade”, ressaltou.

Eucaristia – Antecedida por uma encenação teatral retratando os dramas e desafios de quem mora no campo e na cidade, a Celebração Eucarística da Romaria da Terra e das Águas foi presidida por dom Guilherme e teve a homilia conduzida pelo bispo auxiliar de Brasília (DF) e ex-secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner.

Ao final da Celebração, dom Guilherme anunciou que a arquidiocese de Florianópolis acolherá a próxima edição da Romaria da Terra e das Águas. Como gesto simbólico, dom Guilherme trocou uma cruz de madeira com o arcebispo de Florianópolis, dom Wilson Tadeu Jönck, entregando para a arquidiocese a organização do evento que acontecerá em 2021.


Com Informações da CNBB Regional Sul 4

Outros conteúdos