São Vicente de Paulo, presbítero, Memória

Repousa sobre mim o Espírito do Senhor; ele me ungiu para levar a Boa-nova aos pobres e curar os corações contritos (Lc 4,18).

Vicente nasceu na França em 1581 e lá faleceu em 1660. Ordenado presbítero, exerceu trabalho pastoral junto às populações rurais, vivendo em contato com misérias materiais e morais. Fundou a Congregação da Missão – os Lazaristas – e, juntamente com Santa Luísa de Marillac, as Filhas da Caridade, com o objetivo de servir os abandonados. Mirando seu exemplo, peçamos ao Senhor forças para nos empenharmos em favor dos excluídos da sociedade.

Primeira Leitura: Esdras 9,5-9

Leitura do livro de Esdras – 5Na hora da oblação da tarde, eu, Esdras, levantei-me da minha prostração. E, com as vestes e o manto rasgados, caí de joelhos, estendi as mãos para o Senhor, meu Deus. 6E disse: “Meu Deus, estou coberto de vergonha e confusão ao levantar a minha face para ti, porque nossas iniquidades multiplicaram-se acima de nossas cabeças e nossas faltas se acumularam até o céu. 7Desde os tempos de nossos pais até este dia, uma grande culpa pesa sobre nós: por causa de nossas iniquidades, nós, nossos reis e nossos sacerdotes, fomos entregues às mãos dos reis estrangeiros, à espada, ao cativeiro, à pilhagem e à vergonha, como acontece ainda hoje. 8Mas agora, por um breve instante, o Senhor nosso Deus concedeu-nos a graça de preservar dentre nós um resto e de permitir que nos fixemos em seu lugar santo. Assim o nosso Deus deu brilho aos nossos olhos e concedeu-nos um pouco de vida no meio de nossa servidão. 9Pois éramos escravos, mas em nossa servidão o nosso Deus não nos abandonou. Antes, conseguiu para nós o favor dos reis da Pérsia, deu-nos bastante vida para podermos reconstruir o templo do nosso Deus e restaurar suas ruínas e concedeu-nos um abrigo seguro em Judá e em Jerusalém”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: Tb 13

Bendito seja Deus, que vive eternamente!

1. Vós sois grande, Senhor, para sempre, / e vosso reino se estende nos séculos! / Porque vós castigais e salvais, / fazeis descer aos abismos da terra / e de lá nos trazeis novamente: / de vossa mão nada pode escapar. – R.

2. Vós que sois de Israel, dai-lhe graças / e por entre as nações celebrai-o! / O Senhor dispersou-vos na terra / para narrardes sua glória entre os povos / e fazê-los saber, para sempre, / que não há outro Deus além dele. – R.

3. Castigou-nos por nossos pecados, / seu amor haverá de salvar-nos. / Compreendei o que fez para nós, / dai-lhe graças com todo o respeito! – R.

4. Bendizei o Senhor, seus eleitos, / fazei festa e alegres louvai-o! – R.

Evangelho: Lucas 9,1-6

Aleluia, aleluia, aleluia.

Convertei-vos e crede no Evangelho, / pois o Reino de Deus está chegando! (Mc 1,15) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1Jesus convocou os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças 2e enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos. 3E disse-lhes: “Não leveis nada para o caminho: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem mesmo duas túnicas. 4Em qualquer casa onde entrardes, ficai aí; e daí é que partireis de novo. 5Todos aqueles que não vos acolherem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés como protesto contra eles”. 6Os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a Boa-nova e fazendo curas em todos os lugares. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Após certo período de ensinamento aos apóstolos, Jesus os envia em missão. Dá-lhes poder e autoridade sobre as coisas que oprimem as pessoas. Objetivamente, o que deverão fazer? Anunciar o Reino de Deus, isto é, que Jesus está presente e traz seu projeto de vida e liberdade para todos. Além disso, Jesus lhes dá o poder de curar as doenças. É um projeto inédito, revolucionário, que vai mexer com as estruturas da sociedade. Jesus e seus apóstolos não fecharão os olhos diante das injustiças que o povo sofre; não omitirão a verdade, mas proporão a transparência nos relacionamentos. São pregoeiros de uma sociedade assentada sobre a prática do amor, da justiça e da fraternidade. Ao enviar seus apóstolos, Jesus prevê conflitos; porque nem todos estão abertos para acolher o Reino de Deus e dele fazer parte.

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